No mundo dos negócios, existe um cálculo chamado custo/benefício que deveria ser usado em todas as circunstâncias da vida. O que todo mundo quer - claro - é se atirar a todos os prazeres, sem pensar nas consequências. Só que para cada prazer costuma chegar, mais cedo ou mais tarde, a conta. Mesmo quando se trata de coisas banais. Quem não gosta de ver um filme na televisão comendo uma caixa de chocolates inteira? Só que no dia seguinte, na hora de entrar no jeans, não consegue, e talvez se arrependa quando pensar que vai passar uma semana tomando sopa para poder voltar à forma antiga. Será que valeu?
Existem dias em que tudo conspira a favor: você está rodeada de pessoas de quem gosta, a conversa está ótima, a música maravilhosa, não vai ter que trabalhar no dia seguinte, já sabe em quem vai votar. Porém, às vezes você tem um trabalho para terminar - e como resistir àquele convite? A certeza de uma noite agradável é bem melhor do que cumprir a obrigação, claro. Acaba optando por deixar a tarefa para o dia seguinte; afinal, pode conciliar, e não perde o jantar nem o trabalho. Aí, passa a noite angustiada, acaba fazendo mal o trabalho e se sentindo péssima - será que valeu? O que se quer na vida é comer o bolo e ao mesmo tempo guardar o bolo, e quem souber conciliar as duas coisas, por favor, cartas à redação.
É claro que não se pode - nem se deve - ser sensata o tempo todo. Mas quando a conta chegar - porque ela chega - é importante que seja paga com prazer. E só se paga com prazer o que valeu de verdade.
(Trecho de crônica de Danuza Leão. Foi retirada a parte onde ela fala sobre relacionamentos, pois eu discordo. Acho que no quesito relacionamentos, vale a pena arriscar sempre, independente das consequências, sejam elas boas ou ruins, porque experiências são sempre bem vindas, e no final das contas, são elas que compõem o nosso ser.)
Sempre que leio teus textos ouço tua voz...e isso é delicioso!! Bjinhos
ResponderExcluir