"E eu, que sempre me senti tão confortável num mundo planejado, mundo do "nunca imaginei um dia" ou do "eu jamais vou fazer isso", inaugurei a instabilidade emocional na minha vida. Prendi a respiração e dei um belo mergulho. A partir daí, comecei a fazer coisas que nunca havia feito. Muitas vetadas pelo tal "politicamente correto" receberam alvará de soltura. O ridículo deixou de existir na minha vida. Não deixei de ser eu. Apenas abri o leque, me permitindo ser um "eu" mais amplo. E sinto que é um caminho sem volta. Então o jeito é curtir nossas escolhas e abandoná-las quando for preciso, mexer e remexer na nossa trajetória, alegrar-se e sofrer, acreditar e descrer. Num sentido mais absoluto, não existe vida errada."
(Trecho de uma crônica de Martha Medeiros, ADAPTADA por mim)
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